No dia 23 de janeiro, realizou-se uma conversa muito importante sobre Bullying e Cyberbullying com o Dr. Luís Fernandes. O encontro reuniu 13 jovens, entre os 15 e os 25 anos, para trocar ideias sobre o tema e compreender melhor como combater estas situações.
Durante a conversa, foram destacados três pontos essenciais para identificar o bullying: a repetição, ou seja, é necessário que os atos aconteçam várias vezes para ser considerado bullying; a intencionalidade, que diferencia um acidente de um ato premeditado para magoar; e o desequilíbrio de poder, quando alguém se aproveita de ser fisicamente ou socialmente mais forte do que a vítima.
O bullying pode ser físico (empurrões, murros, pontapés), verbal (insultos, humilhações e gozos) ou emocional (exclusão e intimidação). Já o Cyberbullying ocorre no meio digital, através de mensagens e publicações maldosas em redes sociais, e-mails e outras plataformas online.
Um dos grandes problemas discutidos foi o facto de que muitas situações de bullying continuam a ocorrer porque as escolas ou as famílias nem sempre tomam as medidas adequadas. Muitas pessoas ainda acreditam que discussões e provocações entre jovens são "normais" e que estas experiências fortalecem os indivíduos. No entanto, a realidade é que estas situações podem causar traumas graves, como depressão e até pensamentos suicidas.
Além disso, a suspensão do agressor nem sempre resolve o problema. Foram sugeridas alternativas como trabalho comunitário ou até multas, medidas que poderiam ajudar a reduzir os casos de bullying e a trazer mais responsabilidade para quem os pratica.
Outro ponto muito importante: muitas vítimas têm dificuldade em pedir ajuda e acabam por sofrer em silêncio. Isto apenas encoraja ainda mais os agressores. Por essa razão, é fundamental que quem passa por esta situação saiba que não está sozinho e que existem formas de se proteger e procurar apoio.
O evento deixou claro que o combate ao bullying e ao cyberbullying depende de toda a comunidade – escolas, famílias e sociedade. Consciencialização, diálogo e ações concretas são essenciais para criar um ambiente mais seguro para todos.
Se sofres ou conheces alguém que esteja a passar por isto, não hesites em pedir ajuda!
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